Uma flor em outra estação

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Qual a possibilidade de encantamento a poesia ainda pode nos proporcionar? Uma pergunta que ao longo da obra, Guiomar Baccin vai elucidando com sua maneira lírico-filosófica de olhar para dentro e fora das coisas do mundo. Nesse conjunto de poesias e prosas, o ensaio vai acontecendo à medida que ao viver a sua vida, acaba entregando-a ao outro em forma de versos. Uma flor em outra estação não pretende abrir os olhos, tampouco demarcar caminhos, mas parte da premissa do devir. Devir primavera, devir esperança, devir flor. E ao tratar da experimentação do outro, procura entender sua própria condição. Nessa inquietude que contraria o tempo e questiona a lógica, Uma flor em outra estação usa as imagens para o extravasamento dos sentidos e à crítica aos valores que deturpam e invertem os verdadeiros sentimentos. Propondo uma revolução na luta pela autonomia do ser, segue em sua busca incansável rumo ao infinito cosmos. Desse modo, a pergunta não obtém resposta, mas propõe uma rica viagem desafiando o leitor a mergulhar na experiência de devir o outro.Literatura Brasileira / Poemas, poesias