Tempestades e Calmarias

About this book

Em maio de 2004, Diogo Guerreiro, Flavio Jardim e Eduardo Moreira partiram para uma jornada inédita, do Chuí ao Oiapoque de windsurf. Sem barcos de apoio e sem equipamentos eletrônicos, eles embarcaram no que seria sua faculdade da vida que durou 1 ano, dois meses e um dia.Estabeleceram um novo recorde mundial, homologado pelo Guinness Book como "A mais longa jornada de windsurf do mundo". Diogo Guerreiro relata todas as dificuldades e alegrias do percurso e as novas amizades que surgiram ao longo do caminho e que ele e Flavio – pois Eduardo acabou abandonando a aventura -- jamais esquecerão; pessoas especiais, peculiares, formidáveis e surpreendentemente reais que refletem o povo litorâneo do Brasil. Rico em acontecimentos incríveis e profundas reflexões, o livro aborda questões humanas como medo, paixão, sofrimento, solidão e determinação. O que leva alguém a viajar tão longe e por tanto tempo através dos mares? Diogo reflete, enquanto voa com (ou às vezes contra) o vento ou espera por ele, sobre a semelhança da sua aventura com as grandes navegações do século XVI. Uma série de questionamentos que o leva a perceber que o medo, e não a coragem, era seu verdadeiro combustível.Enquanto dezenas de praias vão ficando para trás, os jovens amadurecem e iniciam um processo de mudança de valores e quando chegam notícias, como a de dois amigos assassinados, eles percebem a paz e segurança que o mar lhes proporciona -- sozinhos na imensidão azul.Ao concluírem sua expedição, descobrem o segredo de quem busca intensamente seus sonhos: precisaram viajar 8.120 km para perceber que queriam apenas transpor suas próprias barreiras pessoais e que os sonhos são o próprio caminho.Quando Diogo e seus dois companheiros resolveram percorrer os oito mil quilômetros da costa brasileira em cima de uma prancha de windsurf, sabiam que teriam de enfrentar inúmeras dificuldades, mas as dificuldades previstas acabaram sendo o menor de seus problemas. E é esse gostinho de aventura, essa dependência da adrenalina ativada pelo medo e insegurança constantes, que o autor busca em suas empreitadas fabulosas. Ao longo do livro, o leitor, envolvido pelo suspense ininterrupto, acompanha o dia-a-dia de uma viagem de mais de um ano, em que cada dia é muito diferente do outro e a rotina não existe. Nas poucas “folgas”, quando Diogo e o companheiro que ficou com ele até o fim, têm um pouco de sossego, eles refletem sobre o sentido da vida e as maravilhas e angústias de uma liberdade procurada com tanto sacrifício.