Alguém Para Amar

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Silas Pereira chegou extenuado em seu apartamento. Havia sido um dia puxado em uma firma especializada em projetos de engenharia. . Silas era desenhista e por suas mãos passava a maioria das plantas de novas casas e edifícios construídos em Londrina, Paraná. Assim que chegou, atirou seu paletó sobre o sofá e foi até a cozinha apanhar uma cerveja na geladeira. Endireitou o corpo e caminhou até a janela. A noite estava quente e abafada. Silas abriu a janela e respirou fundo. Seus olhos passearam pelo prédio do outro lado da rua. Havia luzes nas janelas e algumas, abertas, deixavam ver cenas familiares. Sem qualquer interesse, Silas continuou bebericando sua cerveja e olhando as janelas. Súbito, numa delas, destacou-se uma figura de mulher. Ela estava nua e parecia estar saindo do banho, pois esfregava uma toalha em seus cabelos. Silas sorriu, divertido e excitado. O corpo nu do outro lado da rua era jovem, pouco mais de 20 anos, cabelos compridos e lisos, talvez porque molhados. A garota calmamente fechou a janela, deixando Silas frustrado. Começava ali sua maior aventura.