A exceção

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A politicagem no trabalho pode ser irritante, deprimente ou talvez ridícula. Mas pode resultar em situações caracterizadas por psiquiatras e juristas como assédio moral ou coisa pior. Neste thriller psicológico, Christian Jungersen exibe o apodrecimento das relações profissionais de quatro mulheres e um diretor, funcinários de uma organização européia com finalidades acadêmicas e humanitárias: o Centro dinamarquês de informações sobre Genocídio, em Copenhague. Jungersen prova seu talento para o suspense aproximando o perfil psicológico desses personagens, que se torturam mutuamente em intrigas no trabalho, contrapondo-os a estudos e ensaios clássicos sobre a maldade. Usa, por exemplo, ideias da filósofa Hannah Arendt, cujo livro 'Eichmann em Jerusalém: um relato sobre a banalidade do mal',lançado em 1963, expões suas impressões no julgamento do nazista Adolf Eichmann, capturado na Aregentina. O autor conecta observações como essas às de mestres da psicologia social como Stanley Milgram - uma referência em experiências científicas sobre obediência a autoridades. Assim, nos faz ver que, pressionadas, a maioria das pessoas não resiste a prejudicar os outros. E a exceção a essa regra não é aquele que compactua com a crueldade, mas quem se opõe a isso. Ao revelar o que pode estar por trás de uma 'fritura' em um escritório, 'A exceção' nos sugere como, ainda que profundamente enterrado, há um predador dentro de cada um de nós. Chrstian Jungersen nasceu em Copenhague em 1962. Fez mestrado em Comunicação e Sociologia, trabalhou em publicidade, roteiros de tv e foi professor de cinema. estreou em literatura em 1999 com 'Krat', vencedor do prêmio de 'melhor primeiro romance' na Dinamarca. Como analista de informações em uma organização, testemunhou várias formas de assédio moral no trabalho, tema deste seu segundo livro, 'A exceção', um best-seller europeu.Literatura Estrangeira / Ficção / Suspense e Mistério / Romance