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Livros
About this book
O que o leitor tem em mãos é um livro que fala de livros de uma forma criativa e original. Christine Zschirnt reuniu um conjunto expressivo de obras que pudessem servir de guia ao leitor comum, geralmente perdido num oceano de escritos, sem que consiga hierarquizar o significado e a importância deles. E o enfoque escolhido pela autora é bastante específico - ao selecionar cerca de cem livros, ela tem como parâmetros vários aspectos, um deles central - em que medida essas obras informam sobre os caminhos e descaminhos da cultura do Ocidente e transbordam, portanto, do campo estritamente literário. O objetivo, assim, não é apenas a formação literária do leitor, mas dar-lhe também instrumentos para que ele possa se posicionar em sua realidade e em seu tempo. É esse alvo tão claramente formulado que permite à autora remover, de imediato, a tentativa de criar um cânone, pois sua visada incluirá alguns trabalhos que, longe de serem considerados 'grandes' ou mesmo 'literatura', são no entanto imprescindíveis como sintoma de uma época. E também lhe permite extrapolar o campo dos textos ditos 'literários', aproximando o leitor de outros padrões de pensamento, como os textos de economia, filosofia, sociologia, psicanálise etc. Podem ser reunidos, assim, conjuntos de trabalhos que se iluminam reciprocamente e exatamente por sua grande diferença. Os títulos escolhidos não são dispostos numa mera cronologia, mas divididos em quinze seções que, sem pretensão totalizante, criam um extenso e aberto panorama dos problemas centrais que envolvem a cultura ocidental, sugerindo ao leitor a inclusão de outros itens. Além disso, os quinze conjuntos poderiam, grosso modo, ser pensados a partir de dois pólos de atração - o público e o privado, em seus vários graus de intensidade. A ordem, portanto, de apresentação da primeira parte do volume é muito articulada. A listagem das seções torna isso nítido - 'Obras que descrevem o mundo', 'Amor', 'Política', 'Sexo', 'Economia', 'Mulheres', 'Civilização', 'Psique', 'Shakespeare', 'Modernos', 'Clássicos virtuais', 'Livros cult', 'Utopia - Mundo cyber', 'Crianças'. As oito primeiras seções estão claramente articuladas; a um tema 'público', segue-se um 'privado'. Nada mais geral que uma descrição do mundo; nada mais particular que a experiência do amor. Um capítulo só sobre Shakespeare justifica-se, no mínimo, como caso ótimo para a análise da simbiose entre público e privado. Os demais capítulos tratam de grandes planos de nossa sensibilidade contemporânea, abordando tanto a literatura moderna como o mundo cyber. E há ainda uma penúltima seção sobre títulos marcantes para crianças. O livro traz ainda um prefácio iluminador de Dietrich Schwanitz, conhecido estudioso da cultura. E a edição brasileira vem enriquecida com um texto de João Adolfo Hansen sobre Memórias póstumas de Brás Cubas. Problematizando suas várias interpretações, Hansen investiga como o romance é escrito contra as opiniões do leitor para também tornar evidente a impossibilidade de romances serem escritos.Não-ficção
Book Details
ISBN13 | 9788525042101 |
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ISBN10 | 8525042102 |
Pages | 392 |
Language | PT |
Import Source | Skoob |
Created At | January 30, 2025 |
Updated At | January 30, 2025 |