A vida e o Pensamento de Charles Chaplin

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Com calças largas, paletó apertado, sapatos enormes, chapéu-coco, uma longa bengala e um gracioso bigodinho, em 1914, no segundo filme de Charles Chaplin, nascia o imortal Carlitos, o personagem mais universal do cinema. Estimulado pelo sucesso instantâneo de sua invenção, Chaplin começou introduzir mil histórias diferentes, que se misturam na memória coletiva de várias gerações, que começaram a refletir sobre determinadas questões sociais, entre risos e lágrimas. Mesmo para os menos versados em sua obra, é fácil supor que por trás de Carlitos, não havia apenas um ator genial, mas também um talentoso roteirista, um produtor apaixonado por seu próprio projeto, um compositor que realçava com sua música o caráter de cada cena e um excelente diretor. O que talvez nem todo mundo saiba é que todos esses ofícios se incorporavam, em alguns casos ao mesmo tempo, no polêmico cineasta que dedicou mais de meio século de criatividade à Sétima Arte. Chaplin, apesar de possuir uma personalidade difícil, ambígua, excêntrica e bastante complexa, ainda é considerado por muitos como o maior artista que já existiu na história do cinema. Sua vida se misturou com a de Carlitos, a tal ponto, que qualquer análise separada do criador e de seu personagem, esbarram na mesma identidade irônica, trapaceira, aventureira e desafiadora, que fez um simples vagabundo conquistar a fama mundial.