Preparem os Agogôs

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No seu romance Preparem os Agogôs, Gizelda desce aos bastidores da história sergipana, e aí aprendi muito num campo em que me ocupei em demoradas pesquisas. Parece-me que a querida escritora viveu nas casas grandes, nas senzalas, em conventos de Sergipe, Bahia e Alagoas, no século XIX, tais os aspectos políticos, econômicos, religiosos, conluios e tragédias narrados. Acrísio Torres; prof. da UnB.Preparem os Agogôs se trata do terceiro romance de Gizelda, que confirma a sua vocação de pesquisadora também neste gênero literário. Sua ficção tem por base fatos históricos onde são ressaltadas as relações humanas no contexto das famílias e das instituições.Na sua perspectiva, a revisão da história de um povo significa autoconhecimento para cada indivíduo integrante desta sociedade. Seu romance anterior, Ibiradiô, trata justamente do extermínio e da miscigenação no início da colonização, enquanto Preparem os Agogôs (Menção Honrosa no Concurso Nacional de Romance / 94, Governo do Paraná) volta-se especialmente para a questão do tráfico de escravos africanos e da mistura com os índios e os europeus daí resultante. A TARDE - Salvador, Bahia, 29/08/1996