A expedição solar

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A EXPEDIÇÃO SOLAR"A Expedição Solar" é o primeiro romance do escritor/antropólogo Flávio C. Faria, lançado em março de 2004, com publicação da Editora Planetário, subsidiária da Pandora Books, de S. Paulo. O lançamento em Brasília aconteceu no restaurante CARPE DIEM, no dia 23 de março, e na 18ª Bienal do Livro de São Paulo, em 23 de abril. Embora destinado ao público adolescente, o romance possui uma narrativa com forte tempero de realismo fantástico, que o transforma em uma obra para todas as idades.O livro descreve duas estórias paralelas que giram em torno do desaparecimento de um objeto sagrado dos incas, o Disco Solar, que de fato desapareceu durante a invasão espanhola promovida por Francisco Pizarro, a partir de 1532.Cada capítulo é dividido em duas partes, sendo que uma delas acontece a partir de 1533, quando um grupo de sacerdotes incas deixa Cuzco, no Peru, e empreende uma fantástica viagem através da Amazônia, com o objetivo de levar esse misterioso objeto para algum lugar da floresta, não permitindo que ele seja tomado pelos espanhóis. A expedição inca é liderada por Chuyo, um menino paranormal, dotado de poderes mágicos, que em muitas situações serão utilizados. A viagem se dá por um território ocupado por populações indígenas diversas, algumas inimigas, outras amigas. Momentos de conflito e de magia fazem dessa jornada um verdadeiro thriller de emoção e suspense.Enquanto acontece a expedição, o império inca é invadido pelas forças espanholas. Momentos de terror promovidos pelos invasores estrangeiros são descritos em detalhes. A incapacidade de os espanhóis entenderem a cultura e a religião dos incas leva os representantes daquele povo ao cárcere e à condenação à morte.A outra parte de cada capítulo narra acontecimentos de quatro séculos depois da partida dos incas, quando um grupo de estudiosos brasileiros e peruanos identifica registros arqueológicos a respeito da expedição dos sacerdotes, levantando evidências científicas que comprovam, realmente, que os incas estiveram no Brasil. Essa parte da estória é contada por Quim, um garoto de 14 anos, que acompanha seu pai, antropólogo, em suas aventuras por diversos locais da América do Sul.A característica principal do romance é o forte impacto da narrativa, desenvolvida em um clima permanente de tensão, de magia, de aventura e de sangue. Conceitos pouco tradicionais relacionados ao xamanismo, a rituais antropofágicos, à comunicação com os espíritos dos mortos, etc. são abordados na estória.Trata-se de um romance de fundo antropológico, com uma temática sólida sobre uma América e um Brasil que poucos conhecem e que, provavelmente, muitos jamais conhecerão. Fala-se de populações indígenas, de culturas milenares, de lendas e mitos dos povos da floresta, da destruição da Amazônia, e de outros temas sensíveis e atuais.O autor empenhou-se em realizar um longo trabalho de pesquisa, fazendo um minucioso levantamento geográfico e cultural das populações indígenas citadas na estória. As evidências arqueológicas mencionadas, em sua grande maioria, também são reais. O livro, contudo, não tem a pretensão de ser didático. É uma obra de ficção construída sobre acontecimentos históricos reais. A própria localização geográfica das populações citadas, as cidades visitadas e as evidências científicas encontradas levarão o leitor a pensar que essa aventura verdadeiramente aconteceu.Literatura Brasileira